Há 8 anos, um MEWKOO abalou as estruturas culturais brasileiras.
Gerald, contrariado, segundos antes do ato.
Foto by Alexander Moschkowich
Foto by Alexander Moschkowich
Entenda o caso:
Gerald Thomas é um famoso diretor de teatro brasileiro, cujas peças teatrais são conhecidas pelas polêmicas que provocam.
No dia 17 de agosto de 2003, às duas horas da madrugada, Gerald Thomas concluiu a apresentação de mais uma peça – uma adaptação de “Tristão e Isolda” –, que dirigiu no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ao invés de ouvir os tradicionais aplausos, Gerald Thomas foi vaiado pelo público, que não havia gostado da peça.
Como forma de protesto pelas vaias que recebia, o diretor de teatro simulou uma masturbação no palco e, ato contínuo, virou de costas para o público, abaixou as calças até o joelho, arriou a cueca e exibiu suas nádegas [ou seja, fez MEWKOO!] para os espectadores que ali se encontravam. A lamentável cena foi, inclusive, filmada, tendo gerado ampla repercussão após ser divulgada em cadeia nacional por diversas redes de televisão.
O caso foi parar na polícia. Gerald Thomas foi acusado da prática de "ato obsceno", crime tipificado no art. 233 do Código Penal brasileiro: “praticar ato obsceno em público ou aberto ou exposto ao público: pena, de detenção de três meses a um ano, ou multa”.
Não conseguindo barrar o trâmite da ação penal nas instâncias ordinárias, Gerald Thomas ingressou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, alegando que a perseguição penal violava o seu direito à liberdade artística e de expressão.
O Supremo Tribunal Federal, após longa discussão, concedeu o referido habeas corpus, por decisão empatada, entendendo que o ato do diretor de teatro estaria inserido no contexto da liberdade de expressão, “ainda que inadequada e deseducada”.
No dia 17 de agosto de 2003, às duas horas da madrugada, Gerald Thomas concluiu a apresentação de mais uma peça – uma adaptação de “Tristão e Isolda” –, que dirigiu no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ao invés de ouvir os tradicionais aplausos, Gerald Thomas foi vaiado pelo público, que não havia gostado da peça.
Como forma de protesto pelas vaias que recebia, o diretor de teatro simulou uma masturbação no palco e, ato contínuo, virou de costas para o público, abaixou as calças até o joelho, arriou a cueca e exibiu suas nádegas [ou seja, fez MEWKOO!] para os espectadores que ali se encontravam. A lamentável cena foi, inclusive, filmada, tendo gerado ampla repercussão após ser divulgada em cadeia nacional por diversas redes de televisão.
O caso foi parar na polícia. Gerald Thomas foi acusado da prática de "ato obsceno", crime tipificado no art. 233 do Código Penal brasileiro: “praticar ato obsceno em público ou aberto ou exposto ao público: pena, de detenção de três meses a um ano, ou multa”.
Não conseguindo barrar o trâmite da ação penal nas instâncias ordinárias, Gerald Thomas ingressou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, alegando que a perseguição penal violava o seu direito à liberdade artística e de expressão.
O Supremo Tribunal Federal, após longa discussão, concedeu o referido habeas corpus, por decisão empatada, entendendo que o ato do diretor de teatro estaria inserido no contexto da liberdade de expressão, “ainda que inadequada e deseducada”.
meses depois, Gerald protesta e vira notícia:
O diretor Gerald Thomas publicou em seu site oficial uma foto onde aparece em nu frontal com a pergunta "já que o Estado do Rio de Janeiro está me processando por causa da minha bunda em 2003, porque o Brasil não me processou em 1986 por causa desta foto (maravilhosa) de Marisa Alvarez Lima? Estamos voltando à censura".
(...)
Ainda no site oficial do diretor, há um texto de Zuenir Ventura, endossado por diversos artistas, afirmando que o ato de Thomas "não foi contra a moral e os bons costumes, mas contra os bons modos e bom gosto, cometido no recinto de um teatro, que é um espaço onde historicamente se pratica o pleno exercício da liberdade de expressão".
Entre os artistas que assinam a carta em solidariedade a Gerald Thomas estão Fernanda Montenegro, Marília Gabriela, Sérgio Britto, Giulia Gam, Carlos Diegues, Bia Seidl e Enrique Diaz.
via: Babado IG
dois anos depois, Gerald desabafa em entrevista à IstoÉ Gente:
“A polêmica da bunda em Tristão e Isolda, em 2003, me abalou muito. Gastei um dinheiro absurdo com advogados, idas e vindas de Londres para aparecer 15 minutos diante de um juiz. Esse absurdo custou R$ 340 mil aos cofres públicos. E tudo porque mostrei a bunda num teatro da cidade onde o cartão-postal é a bunda. Um ano depois fui inocentado por causa do "ato obsceno".”
via IstoÉ Gente
Cadê a foto e o vídeo do ato em si?
Ética? Censura? Arquivo morto?
Ética? Censura? Arquivo morto?
Procuramos pela internet e nada. Só encontramos a primeira foto acima que mostra Gerald segundos antes do arriamento, no blog do Reynaldo Azevedo.
O Fantástico fez uma matéria sobre o caso, mas requer login no site da Globo para assistir.
Para uns, o episódio foi um marco na liberdade de expressão. Para outros, uma tragédia, algo que merecia ser esquecido e enterrado em concreto. Para nós, uma ótima pauta para enriquecer o quadro MEWKOO, que anda meio marasmático.
Gerald Thomas não apenas sambou... ele fez MEWKOO na cara da sociedade - ao vivo e a cores!
MEWKOO FOREVER!
Fontes
◙ Gerald Thomas em entrevista à IstoÉ Gente
◙ O juiz George Marmelstein comenta o caso entre os mais curiosos da justiça atual
◙ O jornalista Eliakim Araújo criticou o caso
◙ Reinaldo Azevedo, venenosa como sempre, critica Gerald Thomas
◙ Digestivo Cultural: A bunda de Gerald Thomas
◙ Portal Terra: STF absolve Gerald Thomas por exibir as nádegas
◙ Vídeo: matéria do Fantástico sobre o caso (requer login na Globo.com)
◙ O juiz George Marmelstein comenta o caso entre os mais curiosos da justiça atual
◙ O jornalista Eliakim Araújo criticou o caso
◙ Reinaldo Azevedo, venenosa como sempre, critica Gerald Thomas
◙ Digestivo Cultural: A bunda de Gerald Thomas
◙ Portal Terra: STF absolve Gerald Thomas por exibir as nádegas
◙ Vídeo: matéria do Fantástico sobre o caso (requer login na Globo.com)
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